Vou para onde quero, fazer o que quero, como quero, ser o que quero.
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Hoje foi um dia de merda. Parece que caiu tudo ao mesmo tempo. Desde Março até agora, que voltas aconteceram. E hoje, parece me caiu tudo. Passei o dia com o peito apertado, pensava que eram dores da mudança porque me também me doíam as costas. Mas não, era mesmo ansiedade ou o stress a sair.
Vim embora do Alentejo. Tinha de mudar de casa, por várias razões, por poucas ou nenhumas, muitas ou bastantes. Ganhei um troféu no trabalho, gostei muito. O meu pai a perceber o que se passa com a sua saúde, eu a não conseguir lidar com a cena do peso. mas também voltei a ficar apaixonado, pela escrita, pela leitura, e se calhar um pouco por mim.
Chega de lamúrias. Vou viver o que tenho, tudo o que tenho, tudo o que quero ter. Quero ser protegido, quero proteger. Vou viver loucuras, desportivas, sociais, sei lá mais o quê. Vai custar voltar a perder peso? Então qual foi o motivo para voltar a ganhar 24 quilos? Vou lutar, Por tudo o que quero viver, tudo o quero viver.
Agora sim, começa a minha maratona, a mais difícil antes dos 42km. Mas não vou andar a fazer publicidade, vou fazer, que sei que faço bem feito.
Portanto, o que eu preciso fazer é olhar para onde quero ir, o que eu percebi hoje sozinho no carro em silencio, foi interpretar o poema de José Régio, Cântico Negro.
“Vem por aqui”- dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: “vem por aqui”!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali…
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos…
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